Cerca de 70.000
cristãos estão presos em campos de concentração na Coreia do Norte. Pessoas que
compreenderam que o verdadeiro e absoluto milagre é a restauração do
relacionamento do homem caído com Deus e da plenitude da salvação que dele
emana. É este milagre que pavimenta a afirmação do apóstolo Paulo: “Para mim o
viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
Matheus
Viana
Mais
de 70.000 pessoas. Quantidade exorbitante! Mas ela não se refere à membresia de
uma denominação evangélica, tampouco à aglomeração de um evento da categoria. Este
é o número, segundo informações da International
Christian Concern, de cristãos presos em campos de concentração na Coreia
do Norte.
Segundo
informações do site de notícias americano WND,
reproduzidas pelo site de notícias português UCB, a Comunidade Internacional esperava que a sucessão de Kim
Jong-Il - morto em dezembro de 2011 - por seu filho Kim Jong-Un mudasse o quadro
de severa repressão política e religiosa bem como as restrições a alguns
artifícios ocidentais, considerados do “mundo capitalista”, exercidas pelo
Estado comunista.
De
acordo com o analista da International
Christian Concern, Ryan Morgan, o atual governo promoveu alguns avanços no
plano econômico, como por exemplo, a permissão para a comercialização de
celulares e de alimentos como batatas-fritas e pizzas. Mas em relação às
liberdades políticas e religiosas nada mudou.
Morgan
cita a afirmação de um recente relatório da Comissão da Liberdade Religiosa
Internacional de que o governo norte-coreano lida com a fé cristã como “ameaça potencial à segurança do país”. Este é o
principal motivo que o leva, segundo o relatório, a oferecer
recompensas para quem denuncia pessoas que possuam ou estejam envolvidas com a
distribuição de Bíblias ou qualquer outro tipo de literatura cristã. Crime que
pode ter como pena a prisão perpétua ou a morte.
Representante da Portas Abertas, instituição que fornece apoio para cristãos
perseguidos em todo o mundo, informa que “...
pelo menos 25% dos cristãos estão definhando em campos de trabalho forçados porque
se recusaram a adorar o fundador da Coreia do Norte, Kim II-Sung [avô do atual
líder]. Qualquer forma de adoração a outra pessoa além do ‘Grande Líder’ (Kim
II-Sung) e do “líder supremo” (Kim Jong-Il) é visto como traição. Cristãos
norte-coreanos são frequentemente presos, torturados ou até mortos por sua fé
em Jesus Cristo. Metade da população vive no norte, perto da China, onde existe
a maior rede de igrejas subterrâneas. Em todo o país, cerca de dez milhões de
habitantes estão desnutridos, com milhares de pessoas sobrevivendo apenas
comendo grama e cascas de árvore”.
No
limite da fé. Realidade completamente destoante com a vivida no mundo
ocidental. Devido à liberdade política e religiosa que desfrutamos, o Evangelho
propagado em nosso “admirável novo mundo” resume-se ao ufanismo do milagre ou
ao triunfalismo da teologia da prosperidade. Resumindo, a prática de uma fé que
não requer dificuldades, lutas e riscos. Elementos considerados anátemas.
No
entanto, a fé exercida pelos cristãos na Coreia do Norte, na China e
em outros países de Estados comunistas ou islâmicos é exatamente a descrita no capítulo
11 da carta aos hebreus. Pessoas que compreenderam que o verdadeiro e absoluto
milagre é a restauração do relacionamento do homem caído com Deus e da
plenitude da salvação que dele emana. É este milagre, que também podemos chamar
de prosperidade, que pavimenta a afirmação do apóstolo Paulo: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é
lucro”. (Filipenses 1:21).
Afirmação contraditória,
você não acha? Jesus veio para nos dar vida, e vida em abundância (Evangelho
segundo João 10:10). Este argumento bíblico é verdadeiro. Porém, interpretado de
modo equivocado. Não
é o mosaico de "bênçãos", como por exemplo, a cura física, a ascensão sócio-econômica, entre outros, ainda que aconteçam na vida de um indivíduo, a essência da vida abundante que a fé em Cristo nos proporciona.
Os Cristãos norte-coreanos são exemplos vivos deste fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário