quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quem dera!


Faça coro à expectativa de Moisés! A profecia de Jesus é clara e urgente: “Mas o Elias virá e restaurará todas as coisas.” (Evangelho segundo Mateus 17:11). Ou seja, profetas que sejam cheios do Espírito Santo como João Batista foi desde o ventre materno. Não percamos tempo com “picuinhas”.

Matheus Viana

O texto narrado no livro de Números 11:24-29 pode ser considerado icônico, principalmente em relação ao nosso contexto atual. O primeiro fato que podemos – e devemos – destacar é o de que Moisés saiu e contou à comunidade de Israel “o que o Senhor tinha dito”. (Vs 24). Isto faz toda a diferença. Mas, infelizmente, alguns insistem em fazer diferente. Lamentável.

Outro fato digno de nota é o de que Moisés reuniu ‘setenta’ autoridades. O quê? Não foram doze? De acordo com o relato das Escrituras, não. É importante salientarmos que, semelhantemente, Jesus convocou ‘setenta’ - após convocar seus doze discípulos - para pregarem o Evangelho do Reino dos céus (Evangelho segundo Lucas 9:1-5, 10:1-5).

Vemos, então, que não se trata de doutrinas, mas de estratégias. Qual, portanto, é a correta? A visão dos doze? O grupo dos setenta? As duas, desde que sejam usadas como meras estratégias. Nenhuma, quando são tratadas como doutrinas que causam sectarismo em meio ao corpo de Cristo. O que, consequentemente, compromete a unidade que Ele deseja a nós (Evangelho segundo João 17:21).

Depois de separados, os setenta receberam do mesmo Espírito que estava sobre Moisés. Não houve qualquer distinção entre eles. Todos passaram a profetizar. Todos mesmo. Inclusive dois deles que ficaram no acampamento: Eldade e Medade (Vs 26). Sim, parece nome de dupla sertaneja.

Porém, um jovem correu e contou a Moisés o ocorrido: “Eldade e Medade estão profetizando no acampamento. (...) Moisés, proíba-os”. (Vs. 27 e 28). Diante de tal relato – para não dizer, fofoca – Moisés respondeu, como também foi a resposta de Jesus aos seus discípulos em um episódio semelhante (não deixe de ler o texto ‘Não o impeçam’), de forma espetacular: “Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o Seu Espírito sobre eles”. (Vs 29).

Quem dera! Faço coro à expectativa de Moisés. A profecia de Jesus é clara e urgente: “Mas o Elias virá e restaurará todas as coisas.” (Evangelho segundo Mateus 17:11). Ou seja, profetas que sejam cheios do Espírito Santo como João Batista foi desde o ventre materno.

Entretanto, nos deparamos com mais um lamentável relato em que a posição tornou-se mais importante do que a necessária obra de Deus ao homem de profetizar. Conforme preconiza o apóstolo Paulo: “Procurai com zelo os melhores dons, mas principalmente que profetizeis.” (I Coríntios 14:1). O sábio Salomão alerta: “Não havendo profecia, o povo se corrompe.” (Provérbios 29:18).

Concentremos-nos, portanto, menos na posição (seja ela hierárquica, eclesiástica ou geográfica) e mais no fato de sermos cheios do Espírito Santo a fim de profetizarmos. Isso sim é o que interessa. Como vemos ao longo de toda a Bíblia, o clamor de Moisés relatado no trecho analisado nada mais é do que o ecoar do clamor de Deus à humanidade. Quem dera se não perdêssemos tempo com “picuinhas”!

2 comentários:

  1. Vemos isso dentro de muitas igrejas.
    alguns se acham melhores doque outros ,as vezes, por causa de sua posição ou ministério e esquecem que Jesus chamou a tds independente de sua posição.
    Um grande exemplo foi Davi que aos olhos de sua própria familia era tratado com descazo por sersimplismente um pastor de ovelhas.
    Ainda muitos que se dizem convertidos olham a aparencia do irmãozinho e o acha incapaz de até mesmo profetizar!

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    1. Infelizmente, Renata, você tem razão. Vigiemos e oremos para que o Espírito do Senhor paire sobre todo o seu povo a fim de que profetize o estabelecimento do seu Reino sobre a terra. Obrigado pelo sua interatividade.

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