Matheus Viana
Esta teoria se baseia no criacionismo. Explico o motivo. O evolucionismo prega, grosso modo, que uma explosão atômica, chamada de Big Bang, deu origem ao universo. Ou seja, a colisão entre átomos culminou, com auxílio de um processo evolutivo, em maravilhas naturais como as cataratas de Foz do Iguaçu, o Pão de Açúcar e o arquipélago de Fernando de Noronha, por exemplo.
Teoria semelhante, guardadas as devidas proporções, ao pegarmos um copo com leite, farinha, claras e gemas de ovos na mão direita, algumas fatias de abacaxi com açúcar na mão esquerda e provocarmos uma colisão entre eles e, como resultado, surgir um bolo de abacaxi. Assim como um bolo, ainda que tenha participação dos ingredientes necessários, precisa de alguém para executar as ações demandadas, a criação do universo se deu da mesma forma. Teoria cientificamente chamada de Design Inteligente. “Aceitar que a natureza foi criada é uma evidência científica. Aceitar quem é o criador é uma pressuposição religiosa.”, afirma o físico e matemático Adauto Lourenço.
O evolucionismo, sustentado pelo darwinismo, prega que o ser humano é resultado de um processo evolutivo de milhões de anos que relatarei de maneira simplista: um peixe que se tornou um anfíbio, que se tornou um réptil, que se tornou um macaco e que se transformou em um ser o qual a ciência denomina como ‘humano’. Caso seja adepto desta teoria, por acaso você já se perguntou sobre a origem do primeiro peixe que surgiu na face da terra?
Segundo os evolucionistas, ele é resultado do Big Bang e do tal processo evolutivo. No entanto, esta teoria contraria a cientificamente reconhecida Lei da Biogênese, descoberta por Louis Pasteur (1822-1895), que preconiza que apenas um ser vivo pode gerar vida. No ano de 2010, cientistas das universidades inglesas Warnick e Sheffield atestaram, através de experimentos científicos, que a galinha veio primeiro que o ovo.
O criacionismo afirma que o homem foi criado do pó da terra. A expressão ‘humano’ tem sua raiz na palavra ‘humus’ que é traduzida para o português como terra. Além disso, este ser ‘humano’ recebeu do fôlego de vida de outro ser – obviamente – vivo (Gênesis 2:7).
O homem foi formado pelo seu Criador com um padrão. Na versão grega (Septuaginta), a expressão usada para fôlego de vida é pneuma zoe, que é usada no contexto de espírito ou vida espiritual a fim de distingui-la dos termos bios (físico) e psique (alma), é a vida em seu sentido pleno. Ou seja, o fôlego que o homem recebeu não foi um fôlego qualquer, mas o do próprio Criador que o soprou em suas narinas.
O termo alma ou ser é ‘nefesh’. Comumente traduzido como alma por conta da narrativa de Gênesis dizer: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” (Gênesis 2:7) Ou seja, nefesh é a consequência de receber o fôlego de vida de Deus.
Este fôlego sustentava a normalidade que lhe foi atribuída: ser e viver à imagem e conforme a semelhança de seu Criador. No entanto, tinha sobre si a seguinte sentença: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás.”. (Gênesis 2:17). Há no grego duas expressões traduzidas como morte para o português. Uma é nekrós que se refere à vida física. A outra é thanatos que se refere ao espírito do homem. O verbo traduzido como "morrerás" descrito no texto bíblico em grego, tem sua raiz na expressão thanatos. Ou seja, a morte que o texto se refere é o extirpar da pneuma zoe que sustentava a normalidade a qual o homem vivia. O que, consequentemente, lhe conduziu à nekrós algum tempo depois.
O homem não observou a advertência divina e sofreu os efeitos colaterais desta atitude. Por perder a vida do Criador se tornou, comparado à normalidade divina, um anormal, ou seja, um deficiente. Como afirmei algumas vezes, se compararmos a nossa vida, por mais que acreditemos ter pleno êxito, com a vida que o homem vivia antes de sua desobediência veremos que ela não passa de uma subvida.
Este conceito se aplica a mim. Nasci com corpo e mente plenamente saudáveis. No entanto, no auge dos meus 16 anos, fui acometido por uma dor na região central da coluna que beirava o insuportável. Resumindo, meu corpo se encontra demasiadamente desfigurado por conta da severa deformidade óssea que acomete o tórax e a coluna vertebral. Em outras palavras: sou um deficiente físico.
Mas a normalidade divina nos é oferecida novamente em todos os âmbitos de nossas vidas. Não foi em vão que o apóstolo Paulo afirmou: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. Mas o último Adão foi feito espírito vivificante.”. (I Corintios 15:45). E mais. Ele também disse: “O mesmo espírito que ressuscitou a Jesus dentre os mortos habita em vós e vivificará os vossos corpos mortais”. (Romanos 8:11).
O primeiro passo para vivermos novamente esta normalidade é recebermos o Espírito de Deus. Por isso, João nos emite o caminho das pedras: “A todos quantos receberam a Jesus, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. (Evangelho segundo João 1:12). Que poder, afinal, é esse? O mesmo ao qual Jesus falou aos Seus discípulos: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo”. (Atos 1:8). Só não é ‘normal’ - na plenitude de seu significado - quem não quer.
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