O anseio de perscrutar o imperscrutável sentido pelo homem o deixa diante de duas alternativas: crer que ele não existe (ateísmo); ou crer que existe e tentar alcançá-lo. Simples assim? Nem tanto!
Matheus Viana
O ateísmo nada mais é do que o produto do fracasso de entender os desígnios de Deus pela mente humana. Confessar tal impossibilidade, no entanto, seria um atestado de incapacidade classificado como derrota. Por isso, ao invés de admitirem a derrota, os ateus partem para o pressuposto de que não há nada nem ninguém que não possa ser perscrutado. Alguns mais radicais, a exemplo do filósofo alemão Friederich Nietzche (1844-1900), rechaçam a própria ideia da metafísica como um todo. Em outras palavras: Deus não existe.
Entretanto, vejamos. A própria ânsia de perscrutar algo comprova a existência de Deus. O ser humano não se satisfaz com o conhecimento, independente da área, que já alcançou. O que é um indício de que Deus colocou no interior do homem o desejo de conhecê-Lo. Contudo, não lhe deu capacidade para tal.
É fato: o conhecimento de Deus e de seus desígnios não pode ser obtido pelo esforço – por maior que seja – da intelectualidade humana. Contudo, isso não anula o anseio de perscrutar o imperscrutável sentido pelo homem, o que o deixa diante de duas alternativas: crer que algo imperscrutável não existe (ateísmo); ou crer que existe e tentar alcançá-lo. Simples assim? Nem tanto!
Caso tenha escolhido a primeira, saiba que, por mais que os ateus não aceitem, o ateísmo nasce de uma fé. Não crer na existência de algo imperscrutável é o mesmo que crer que ele não existe, já que não há provas irrefutáveis de que este ponto de vista seja o verdadeiro. No entanto, muitos que creem que ele existe procuram as muitas alternativas disponíveis para obtê-lo. É exatamente neste ponto que entram em cena as religiões.
A religião, qualquer que seja, poderá satisfazer suas emoções e lhe pregar a impressão de que você está na caminhada rumo ao imperscrutável. Mas, apesar da euforia, você sabe, em seu íntimo, que não está. Paliativos emotivos são tão ineficazes quanto os puramente mentais, que podem ser representados por dogmas filosóficos ou doutrinas religiosas. Ou seja, por mais que a religião ofereça aparatos para atingir e obter o conhecimento do imperscrutável, o máximo que pode é nos fazer andar a esmo, ao redor de nosso latente desejo de alcançá-lo.
Depois desta longa expedição, há outras duas alternativas: desistirmos deste “papo” de religião e espiritualidade ou nos rendermos à verdade de que Jesus, o Cristo, foi a encarnação do imperscrutável de Deus (Evangelho segundo João 1:14). Por que Jesus e não Buda, Confúcio, Maomé ou outro personagem venerado nas muitas religiões existentes em todo o mundo?
Vamos pegar o testemunho de Paulo de Tarso, que não apenas não cria na divindade de Jesus, mas perseguia, em caráter de morte, os que nutriam tal fé e devoção. Depois de um encontro com aquele em quem não cria, escreveu em sua carta aos coríntios: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”. (I Coríntios 2:11).
Aqui temos a primeira evidência de que Jesus era a personificação do imperscrutável de Deus: não era apenas um profeta, um enviado, ou um sábio que falou em nome de Deus, era o Filho do Deus vivo (Evangelho segundo Mateus 16:16) que não apenas possuía o Espírito de Deus (Evangelho segundo Mateus 3:13), mas foi gerado por Ele (Evangelho segundo Mateus 1:21). Por isso João, um de seus discípulos, declarou: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (Evangelho segundo João 1:14).
Jesus disse que Ele voltaria para o Pai, mas o Espírito Santo, o consolador, é que revelaria a sabedoria e o conhecimento imperscrutáveis de Deus a nós (Evangelho segundo João 14:26). Baseado neste princípio, o apóstolo Paulo preconiza: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” (I Corintios 2:10).
Contudo, só receberemos o Espírito Santo ao recebermos primeiramente Jesus como o Filho de Deus (Evangelho segundo João 1:12). Como? Através da fé! “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”. (Hebreus 11:6).
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