É fato: não
conseguiremos ser santos pelos nossos próprios esforços (Romanos 7:18-19).
Eles, tampouco nossas obras, podem nos salvar. Contudo, o Cristianismo
consiste em respondermos à Graça que recebemos. E a única resposta que podemos
dar é a plena submissão ao processo de santificação.
Matheus
Viana
A
salvação é pela Graça, mediante a fé (Efésios 2:8). O habitar e a ação do Espírito
Santo, o selo de nossa redenção (Efésios 4:30), em nós também são (Evangelho
segundo João 1:12). Mas a Graça de Deus não anula o confronto existente entre a
santidade e o pecado que “tenazmente nos
assedia”. (Hebreus 12:2).
O
apóstolo Paulo sugere a seguinte reflexão: “Que
diremos, pois? Continuaremos pecando para que a graça de Deus aumente? De
maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar
vivendo nele?”. (Romanos 6:1-2). O que Paulo quer dizer é que a Graça de
Deus a nós, apesar de nosso imerecimento, deve ser aceita de modo a gerar
frutos. Quais frutos? João Batista dá um indício quando preconiza: “Produzi frutos dignos de arrependimento”.
(Evangelho segundo Mateus 3:8).
John
Wesley conceitua santificação como “um processo de crescimento em graça que
começa no momento em que, pela fé, Deus perdoa o pecador arrependido e inicia o
processo de sua transformação íntima”. Não seria esta uma síntese do ensino do
apóstolo Paulo aos coríntios que diz: “E
todos nós, com o rosto desvendado, contemplando como por espelho a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória conforme a sua imagem, como pelo
Senhor, o Espírito.” (II Coríntios 3:18)?
Claro que sim! Temos
o “rosto desvendado” em detrimento da
obra de Jesus na cruz do Calvário (Filipenses 2:8). Ao render Seu Espírito,
bradou. E este bradar fez com que o véu do Templo se rasgasse de alto a baixo
(Evangelho segundo Mateus 27:50-51). A Graça de Deus, manifesta na cruz de
Cristo, nos desvendou. Os pecados que nos separavam de Deus (Isaías 59:2) foram
extirpados. Este é o ponto de partida.
Portanto,
contemplar a “glória do Senhor”,
conforme as Escrituras relatam no Antigo Testamento, redunda em morte. No Novo
Testamento, Jesus é a demonstração da glória do unigênito do Pai (Evangelho
segundo João 1:14). Exatamente. Quando vemos Jesus, na plenitude do que Ele é,
através das Escrituras (Evangelho segundo João 5:39), é impossível não querer
segui-lo. Ele é o Filho do Deus altíssimo (Evangelho segundo Mateus 16:16). O
caminho, a verdade e a vida (Evangelho segundo João 14:6). E muito mais...
Para
segui-lo, temos que tomar a nossa cruz (Evangelho segundo Mateus 16:24). Ou seja,
nos submetermos ao processo de transformação oriundo da Graça. É fato: não
conseguiremos ser santos pelos nossos próprios esforços (Romanos 7:18-19).
Eles, tampouco nossas obras, podem nos salvar.
Contudo,
o cristianismo consiste em respondermos à Graça que recebemos. E a única
resposta que podemos dar é a plena submissão a este processo de santificação. Fazer
morrer a nossa natureza pecaminosa (Colossenses 3:5), mortificando os desejos e
feitos da carne (Romanos 8:13), não é opcional. Isto implica em conflitos e
renúncias. Não é a toa que Jesus, logicamente usando uma linguagem figurativa, elucida:
“Se teu olho te faz pecar, arranca-o.
Pois é melhor entrar cego de um olho no Reino dos céus do que fazer perecer
todo o seu corpo no inferno”. (Evangelho segundo Mateus 5:29).
O Evangelho não dá base para a “teologia da graça barata”. Esta deturpação afirma que a Graça tira de nós toda e qualquer responsabilidade de resistirmos à tentação. “Ele já fez tudo, qualquer esforço humano é vão”, dizem alguns adeptos. Sim, é a ação do Espírito Santo que nos concede a vitória sobre o pecado, mas a renúncia parte de nós. O Espírito Santo nos auxilia em nossas fraquezas (Romanos 8:26). No entanto, optar pela santidade – de modo a nos submetermos à Sua ação – é a nossa parte no relacionamento com Cristo. Uma coisa é receber de Sua Graça. Outra coisa é praticá-la. Este é o desafio do Cristianismo.
O Evangelho não dá base para a “teologia da graça barata”. Esta deturpação afirma que a Graça tira de nós toda e qualquer responsabilidade de resistirmos à tentação. “Ele já fez tudo, qualquer esforço humano é vão”, dizem alguns adeptos. Sim, é a ação do Espírito Santo que nos concede a vitória sobre o pecado, mas a renúncia parte de nós. O Espírito Santo nos auxilia em nossas fraquezas (Romanos 8:26). No entanto, optar pela santidade – de modo a nos submetermos à Sua ação – é a nossa parte no relacionamento com Cristo. Uma coisa é receber de Sua Graça. Outra coisa é praticá-la. Este é o desafio do Cristianismo.
Caro amigo fico muito contente, de te ver cada vez mais crescendo em sabedoria, mas não qualquer sabedoria, mas sim a que Vem do Senhor DEUS. de seu amigo Ricardo Cesar Frata...
ResponderExcluirGrande Ricardo. Bom te ver, amigo. Um abração!
ExcluirMuito bom seu texto Matheus.
ResponderExcluirQue Deus continue iluminando sua mente com muita sabedoria. Abraço meu irmão.
É nóis, Edisão!
Excluir