Matheus
Viana
O
salmista declara: “Que é o homem para que
dele te lembres?”. (Salmo 8:4). Sempre entendi este texto como se Davi estivesse
fazendo uma espécie de comparação entre Deus, em Sua magnitude, e o homem, o
que revela a pequenez humana. Mas tive um entendimento diferente, e por que não
dizer complementar, ao passar por uma experiência inebriante: o nascimento do
meu filho, Samuel.
Nove
meses – 38 semanas e 6 dias, para ser mais exato – que demoraram uma
eternidade. Cada semana que se passava e cada ultrassom que minha esposa se
submetia faziam aumentar uma sufocante expectativa. Queria ver como o Samuel
era de fato. Queria pegá-lo em meus braços, acariciá-lo... Enfim, queria tê-lo
conosco.
Então,
o tão esperado dia chegou. O coração palpitante, um leve tremor no corpo e o “frio
na barriga” demonstravam minha ansiedade. Ao ver os médicos tirarem meu filho
do ventre materno, todas as minhas expectativas tomaram forma. O sentimento é
indescritível. Somente quem passou por isso pode comprovar. Após algumas horas,
ainda sob o efeito “entorpecente” da paternidade recente, fiquei contemplando meu
filho dormindo no berço da maternidade. Aquele ser tão lindo, tão pequeno, tão
frágil era alvo de toda a minha atenção, do meu amor, do meu afeto. A
importância que Samuel tem para mim é plena. E o mais interessante é que ele ainda
não possui a mínima consciência disto.
O
que Samuel fez para ser alvo do meu amor, claro, com todos os seus
desdobramentos? Ser meu filho, algo que não depende dele. Ou seja, ele não fez
nada. Fomos criados pelo mesmo Deus que criou o universo imensurável com suas
milhões de galáxias. Que criou a Terra, que é cerca de 45 vezes menor do que o
sol que, apesar de ser a maior estrela de nosso sistema solar, é uma das
menores existentes em todo o universo até então estudado pela mente humana.
A questão abordada no salmo
não é a magnitude de Deus, cuja imensidão do universo cabe nas palmas de suas
mãos. Mas a pequenez e fragilidade do ser humano. Mesmo assim, Ele nos ama. Simples?
Nem tanto. Mas incompreensível. Somos alvos de Seu amor, mesmo que não façamos
nada para merecê-lo, assim como meu filho é alvo do meu amor. Se alguém me
pedir para explicar o amor que sinto pelo Samuel, não serei capaz de atender
tal solicitação. Explicar o amor e a “lembrança” de Deus pelo ser humano? Muito
menos.
Simplesmente maravilhoso!
ResponderExcluirJá meditei diversas vezes sobre esse louco amor de Deus por nós. É algo que jamais compreenderemos e imagino que tudo em nossa vida, inclusive o fato de Deus nos permitir ser pai ou mãe de um ser, é uma amostra do que Deus sente por nós. Todas as nossas relações tem algo a nos ensinar: O marido que ama a esposa (A Igreja e Cristo), o Pai e o filho (Deus e a sua criação), o noivo que espera ansiosamente pelo casamento (a espera de Cristo pelo grande dia em que encontrará a sua noiva, a Igreja)...
deus fez todas as coisas com um propósito maravilhoso: o amor!
Fico feliz que o Senhor tenha lhe abençoado com esse presente indescritível...
Estou esperando no Senhor a minha vez chegar.
Já estou seguindo seu blog. Se quiser dá uma passada no meu. Não tenho postado muitos textos, mas, ler os seus me inspirou.
Abraços!
Deus te abençoe professor!
Obrigado. Daniela. Vamos nos edificando uns aos outros. Um grande abraço!
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