Matheus
Viana
Nos
textos A
prática da Graça e Ações
de Graças, refletimos sobre o fato de que nossa gratidão a Deus consiste em
atitudes. Elas possuem uma origem e um objetivo. A origem é a Graça de Deus a
nós, manifesta no sacrifício de Jesus na cruz (I João 4:10). O objetivo é o
mesmo que levou Jesus a agradecer ao Pai pelos cinco pães e dois peixes que
portava em suas mãos: saciar a fome da multidão que O seguia (Evangelho segundo
Marcos 6:41).
Somos
famintos. Vivemos em uma humanidade faminta. O apóstolo Paulo elucidou esta
fome afirmando: “A ardente expectativa da
criação aguarda pela manifestação dos filhos de Deus”. (Romanos 8:19). É
por isso que a esmagadora maioria aceita todo tipo de “alimento” nocivo que o
mundo – sistema de pensar e agir – oferece. É por isso que o programa
televisivo Big Brother Brasil, entre
outras futilidades imbecilizantes do gênero, conta com a exorbitante audiência
de milhões de expectadores.
Nossos
filhos e alunos são famintos. Por isso têm aceitado todo tipo de “alimento” que
lhes são oferecidos. Jesus, como homem, foi tentado. A primeira proposta que
lhe foi feita foi a de transformar pedra em pão. Ou seja, transformar os princípios
eternos e imutáveis de Deus ao ser humano em um alimento momentâneo. Por quê?
Porque Jesus, após jejuar 40 dias e 40 noites, teve fome. Isso mesmo! A
proposta veio de encontro com sua necessidade. Não é diferente conosco.
Tampouco com nossos filhos e alunos.
Infelizmente,
muitas garotas, em tenra idade, têm transformado a pedra chamada virgindade em
um pão nocivo chamado fornicação. A indigestão da tristeza, da depressão, da
auto-desvalorização e da gravidez precoce, em alguns casos, é inevitável.
Muitos garotos têm transformado a pedra chamada pureza sexual e moral em pães
da cobiça da carne e da concupiscência dos olhos, onde contemplam toda sorte de
imoralidade e pornografia na televisão e na internet. Transformam a pedra da honra
e da obediência no pão da desobediência.
O
único alimento capaz de saciar, por completo, a fome da humanidade é o pão do
qual Jesus falou: “Eu sou o pão vivo que
desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre.” (Evangelho
segundo João 6:51). No entanto, conforme Jesus disse aos Seus discípulos em
relação à multidão presente: “Dêem-lhes
vocês algo para comer”. (Evangelho segundo Marcos 6:37). Ou seja, nós é que
devemos distribuir este Pão aos famintos.
Esta
distribuição, todavia, começa com a nossa atitude de gratidão. A mesma que
Jesus realizou: “Tomando os cinco pães e
dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida,
entregou aos seus discípulos para que os servissem ao povo”. (Evangelho
segundo Marcos 6:41). A ação de graça que alimenta. Que distribui aos famintos
o verdadeiro “Alimento de Graça”.