Outra
vez a mesma “ladainha”: sucumbi diante do pecado da imoralidade. Meus olhos
contemplaram o ilícito. Jesus denomina tal ação de adultério (Evangelho segundo
Mateus 5:28).
A
tristeza foi súbita. Prostrei-me em arrependimento e supliquei o perdão de
Deus. Às 03h40min do dia 22/12/12 – isso mesmo, o mundo não acabou – procuro descrever
o sentimento que brotou em minha mente e em meu coração enquanto tentava – em vão
– dormir após meu pedido de perdão.
Lembrei-me
do seguinte trecho da oração sacerdotal de Jesus: “Em favor deles (discípulos)
eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade”.
(Evangelho segundo João 17:19). Em sequência, veio à minha mente o sermão que
compartilhei no culto de Ação de Graças do IAVEC, no dia 12/12/12 (Não, não
acredito em nenhuma espécie de numerologia em relação a esta data): nossa
obediência a Deus, síntese de nossa ação de graças, consiste em sermos “puros e irrepreensíveis, filhos de Deus em
meio de uma geração perversa”. (Filipenses 2:15).
Note
que nesta elucidação do apóstolo Paulo está implícito o fato de sermos
referenciais para outros, à semelhança da advertência do próprio Paulo aos
cristãos em coríntios: “Sede meus
imitadores como eu sou de Cristo Jesus” (I Coríntios 11:1).
Responsabilidade
dobrada. A ordem de ser e fazer discípulos é completa por si só (Evangelho
segundo Mateus 28:19). Seu cumprimento pleno, no entanto, consiste em um
processo árduo e paulatino. O “fruto” colhido “verde” é amargo. Já a sua maturação
leva tempo. Não entreguemos “frutos” amargos – sem se submeterem a todo o
processo de um discipulado duradouro e eficaz – como oferta a Deus. (Não deixe
de ler o texto: Fruto ou folha).
Amo ser professor de ensino religioso e capelão escolar. A oportunidade de
ensinar a Palavra de Deus aos alunos, de modo que eles sejam formados no
caráter de Cristo, é formidável. Mas o único método que culminará no pleno
êxito é o do Fazer e ensinar. Sendo assim, a minha conduta fora das salas de aula e
de aconselhamento conta, e muito.
Por
isso, a observação ao trecho da oração de Jesus que é objeto de nossa reflexão
é imprescindível. Quando a tentação vem contra nós, – e ela é insistente e
perseverante, ou melhor, teimosa, acredite! – devemos nos lembrar, sempre, de
nos santificarmos por aqueles que Deus nos confiou: filhos, alunos e
discípulos. Para quê? Conforme Jesus preconizou: “... para que também eles sejam santificados pela verdade”.